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Literacia em Saúde Mental
É a capacidade das pessoas obterem, processarem e compreenderem informação básica sobre saúde. É considerada um elemento crítico pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e como um dos determinantes do bem-estar pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
A UNESCO refere que “A literacia envolve um processo contínuo de aprendizagem que capacita o indivíduo a alcançar os seus objetivos, a desenvolver os seus potenciais e o seu conhecimento, de modo a poder participar de forma completa na sociedade” (UNESCO, 2009)
A literacia leva assim a uma participação consciente a proactiva na sociedade.
Maria Margarida Monteiro, na sua tese sobre “A Literacia em Saúde” (2009) refere que as capacidades em literacia em saúde incluem:
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Aptidões de saúde básicas tais como a aplicação de promoção na saúde, proteção na saúde e comportamentos de proteção na doença, assim como cuidados individuais.
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Aptidões para atuar como um parceiro ativo com os profissionais de saúde.
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Aptidões como consumidor para fazer decisões saudáveis na seleção de bens e serviços e para atuar a nível de direitos do consumidor, se necessário.
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Aptidões como cidadão, através de comportamentos informados, conhecimento de direitos em saúde e membro de organizações de saúde.
A OMS refere que “literacia em saúde representa o conhecimento e as competências que determinam a motivação e a capacidade dos indivíduos a terem acesso, compreenderem e usarem informação de modo a promover e a manter a saúde bem” (OMS, 1986).
Esta informação nos dias atuais é cada vez mais complexa e é necessário que haja a capacidade de a conseguir “filtrar”. Existe atualmente uma grande facilidade em obter informação, no entanto também existe uma grande facilidade em escrever e produzir essa informação ou em alguns casos desinformação. Devemos ter a capacidade (ou sermos orientados) de avaliar a qualidade dessa informação.
Assim a literacia em saúde não implica só a capacidade de leitura, mas também a capacidade de decidir segundo a informação que se tem, ou ainda a capacidade de adquirir comportamentos saudáveis segundo esta informação.
Por isso, e porque consideramos importante disponibilizar e facilitar o acesso a essa informação, que permitirá a cada pessoa, uma escolha consciente e informada das atitudes e comportamentos que contribuirão, não só para a sua saúde particular, mas que também promovam a saúde e bem-estar comuns, deixamos aqui alguns dos documentos, planos e programas nacionais, bem como legislação nesta área da Saúde Mental, que consideramos importantes.
No entanto, enfatizamos mais uma vez, que nenhuma desta informação substitui uma consulta com o seu médico assistente e em caso de dúvida é diretamente com os profissionais de saúde que deve esclarecer.
Referências
(Unesco 2009) (Monteiro M.2009) OMS 1976
